Manuel Cargaleiro morreu este domingo, dia 30 de junho, aos 97 anos. A notícia da morte do pintor e ceramista português foi avançada pela Presidência da República numa nota de "pesar pela morte de Mestre Cargaleiro, que hoje nos deixou".
“Tendo vivido em Paris desde 1957, Manuel Cargaleiro nunca deixou que o cosmopolitismo significasse desenraizamento. Prova disso é a memória das imagens e das cores da Beira Baixa na sua obra, nomeadamente a lembrança das mantas de retalhos; prova disso igualmente a empenhada presença do artista na região onde nasceu, através da Fundação e do Museu Cargaleiro. Ceramista e pintor, mas também desenhador, gravador e escultor, Mestre Cargaleiro deixou a sua assinatura em igrejas, jardins ou estações de metro, e em inúmeras peças tão geométricas e cromáticas como as de outros artistas cosmopolitas que viveram em Portugal. Por isso, tendo estado fora décadas, continuou a sentir-se, e continuámos a senti-lo, um artista português", recordou Marcelo Rebelo de Sousa na nota divulgada no site da Presidência da República.