Gérard Depardieu foi detido, esta segunda-feira, dia 29 de abril, pela polícia judiciária de Paris, para ser interrogado relativamente a denúncias de alegadas agressões sexuais, apresentadas por duas mulheres. 

Como resultado do interrogatório surge a decisão do ator ir a julgamento, que começa em outubro, diz respeito, segundo os procuradores, sib acusação de “agressões sexuais que terão sido cometidas em setembro de 2021" contra "duas vítimas, no cenário do filme 'Les Volets verts'".

As autoridades francesas anunciaram, no início de março, que tinham iniciado uma nova investigação depois de uma nova denúncia da cenógrafa Amélie Kyndt, por assédio sexual e ofensas sexistas, no ano de 2021.

Uma ex-assistente de realização acusara o ator francês, a 9 de janeiro, também de agressão sexual e de ter utilizado “palavras indecentes”,  durante as filmagens de Le Magicien et les Siamois.

Estas queixas vieram juntar-se a várias outras por suspeitas de agressão e violação sexual, da parte de atrizes como Hélène Darras, que apresentou queixa do ator no ano passado, por alegada agressão sexual em 2007, mas que foi arquivada por ter ultrapassado o prazo legal. A jornalista e escritora Ruth Baza também acusou o ator de abuso sexual, que terá acontecido em 1995, durante uma entrevista que deu, no fim do ano passado.

Depardieu, atualmente com 75 anos, começou a ser investigado em 2000, quando foi acusado de ter violado a atriz Charlotte Arnould (na altura com 22 anos) em duas ocasiões distintas. e  foi acusado de conduta sexual imprópria por 13 mulheres durante as filmagens de vários filmes entre 2004 e 2022, numa investigação jornalística do Mediapart que resultou no documentário “Gérard Depardieu: La Chute De l'Ogre”.

Em entrevista ao “Le Figaro”, em outubro de 2018, o ator francês negou todas as acusações, afirmando estar a ser alvo de um “linchamento”.