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Internacional
Redação Lux em 19 de Abril de 2024 às 18:00
Aos 33 anos, Aaron Taylor-Johnson pode tornar-se no próximo James Bond
1/2 - Aaron Taylor-Johnson Foto: DR
2/2 - Sam e Aaron Taylor-Johnson Foto: DR

Tem sido descrito pela crítica como uma mistura fascinante de força e sensualidade. O ator britânico, que tem vindo a conquistar Hollywood ao protagonizar filmes mais alternativos com sucessos de bilheteira, é apontado como o próximo James Bond. Embora vários nomes tenham sido sugeridos, apenas o de Aaron Taylor-Johnson tem recebido unanimidade. E o ator britânico parece ter tudo para esta exigente missão, para a qual, aparentemente, já foi testado.

A estrela em ascensão de Hollywood, parece reunir as qualidades exigidas ao agente 007, numa combinação de músculos e carisma. “Acho encantador e maravilhoso que as pessoas me vejam no papel de James Bond”, disse em entrevista à Numéro, sem confirmar ou desmentir que resposta deu, ou dará, ao convite que lhe foi feito. Multifacetado, o ator afirma sobre o que o leva a escolher um papel: “Primeiro, procuro um guião que conte uma história nova, fresca ou interessante. Depois, vem a pergunta se aquela é uma personagem que eu gostaria de explorar, porque temos que viver na sua pele por alguns meses ou até anos. Temos mesmo de acreditar nela, caso contrário não daremos o melhor. E depois há o realizador, o criador da história, aquele que reúne tudo e cuja visão desempenha um papel importante na minha decisão.”

Comédias e tragédias, encantadores e esquisitos, superproduções e projetos independentes encaixam-se nas escolhas de Taylor-Johnson, sempre pronto a correr riscos e a mudar radicalmente o seu físico. Já interpretou um adolescente nerd super-herói, um assassino texano, um loiro mutante, um comandante militar e um assassino de bigode preso numa carruagem com Brad Pitt.

Para este ano, tem três estreias previstas com “Fall Guy”, ao lado de Ryan Gosling, o anti-herói da Marvel em “Kraven the Hunter” e o remake sombrio do clássico “Nosferatu”. 

No entanto, trabalhar sem parar não é o que alimenta a alma deste ator que se imagina como uma cabeça velha num corpo jovem. À revista Rolling Stone, confessou que o que mais gosta é de estar com a mulher, a fotógrafa e realizadora de filmes, como “As Cinquenta Sombras de Grey”, ou a recente biografia sobre Amy Winehouse, “Back to Black”, Sam Taylor-Johnson, 23 anos mais velha do que o ator, as duas filhas do casal e as duas enteadas. A família vive numa quinta em Somerset, Reino Unido, onde o ator se dedica à agricultura e aos seus animais. Tem abelhas, cães, galinhas e porcos. Uma vida no campo que preenche o homem que diz ter sido um adolescente turbulento e autodestrutivo, mas que já chegou a recusar filmes para estar com a família: “O que a maioria das pessoas fazia aos 20 e poucos anos, eu fazia aos 13”, diz sobre o julgamento de ter sido sempre precoce. Com a noção de que foi sempre criticado por casar-se cedo com uma mulher muito mais velha, diz: “Estou a fazer algo rápido demais segundo outras pessoas? Não entendo isso. Em que velocidade é que devemos aproveitar a vida? Para mim, esse julgamento é bizarro. Pessoalmente, nunca me senti restringido pelas normas. Todos nós temos a nossa própria liberdade.”

Aaron, de 33 anos, e Sam, de 57, conheceram-se e apaixonaram-se em 2009, quando ela o dirigiu no filme “Nowhere Boy”, sobre John Lennon. Casaram-se em 2012. Sobre as filhas, afirma: “As crianças veem o que estamos a fazer antes de ouvirem o que estamos a dizer. As ações falam mais alto do que as palavras”, diz, revelando que evita levar a energia das personagens masculinas e tóxicas que desempenha para casa. “Tenho tendência para absorver a atmosfera. E é importante livrar-me disso e trocar de pele quando chego a casa e abraço as minhas filhas. Apenas tento conciliar a minha família e o meu trabalho. Levo uma vida normal, com consultas ao dentista e idas para a escola. A carreira não fica necessariamente em segundo plano, mas exige um pensamento diferente por trás das escolhas que faço. Percebemos que o nosso trabalho é proteger a coisa mais pura e inocente que veio ao mundo. E é nosso dever ser o exemplo deles, porque isso vai refletir-se nas suas escolhas mais tarde na vida”, disse à Rolling Stone. Porém, os convites não param de chegar e a carreira está definitivamente em ascensão, o desafio para vestir a pele do agente secreto mais famoso do mundo é prova disso.

Taylor-Johnson é sobretudo um ator para quem a transformação numa personagem está intrinsecamente ligada à fisicalidade do papel. “Cresci a dançar, trabalho com treinadores de movimento”, diz o ator, que era um dos poucos rapazes numa escola de dança cheia de raparigas e ainda sonha em fazer um musical. “Por favor, alguém me escreva um.” Enquanto esse sonho não se concretiza, Aaron agarra com energia os desafios que vão surgindo: “Os dados estão lançados, o que é fabuloso, mas há que apaziguar os estúdios, agradar ao público e fazer o que é digno para mim enquanto ator. E acho tudo isso muito desafiante. Não sinto que preciso de ter o futuro traçado. Seja o que for que esteja guardado para mim, posso fazer melhor.”

Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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